31.1.02

Finalmente outro teste que vale a pena colocar aqui: Que Detetive Você É?.




Legal, não? Marlowe é o detetive mais legal de todos. Depois do Batman, bem entendido.

29.1.02

As jornalistas de revistas femininas formam um verdadeiro esquadrão ninja: elas conseguem transformar qualquer tema em um reflexo da busca pelo par ideal e uma demonstração da complexidade superior da alma feminina. Claro que, no processo, elas esmigalham qualquer interesse que as pessoas que não foram criadas à base de Capricho poderiam ter.
Apesar de também existir um monte de maluquices na ilha deles, os ingleses pensam bem menos torto que os americanos, não? Principalmente sobre os problemas americanos.

28.1.02

Até onde minhas pesquisas indicam, minha idéia para um meme é inédita. Vamos ver se pega.



E aí?
O Melhor Spam do Mundo é de um cara que procura uma máquina do tempo capaz de levá-lo à época em que ele tinha quatro anos de idade. Se você pode ajudar, entre em contato. Mas tenha em mente que o negócio é sério! Pelo menos para o spammer maluco.
Superfast: Mad Coffee
Forteana

"Those breasts were lethal weapons," he told reporters.

Não dá um título fantástico de filme pornô? É por coisas assim que eu ainda tenho fá na humanidade.
Um Blog de Verdade

Às vezes da vontade de deixar de lado essa besteira de ficar falando de letreinhas e coisas parecidas e transformar isso aqui num blog de verdade, daqueles que falam da vida do(s) dono(s). Assim eu ia poder falar de várias coisas. Hoje, por exemplo, eu postaria sobre:

- Ter achado Existenz no Morpheus
- A agonia que é ter uma matéria para entregar amanhã e todas as assessoria de imprensa "não poderem falar sobre o assunto pr razões de segurança"
- O programa fantástico que vai facilitar horrores minha vida e ainda descolei o crack dele
- A mostra de filmes relacionados à Cibercultura, que não só vai rolar como eu vou coordenar a atividade (logo eu que não sei nem organizar uma reunião de amigo secreto)
- Meu passeio de quadriciclo movido a pedal na manhã de ontem
- O calor que faz em Salvador
Mas meu propósito aqui não é esse. Se eu, que não tenho opção, acho minha vida chata ao extremo (tirando as coisas que leio e uma ou outra a mais), quem dirá você que não tem obrigação.

E nem adianta dizer que "todos são especiais ao seu modo" que isso é irrelevante para este blog. Meu lugar de ser "especial" é o Aoristo.

27.1.02

Semana passada foi de faxina em casa. Minha mãe - de férias - foi procurar alguma coisa e se empolgou com a arqueologia de armários. Uma das coisas que ela achou - e que pretendo me apropriar - é uma pilha de cadernos especiais da Folha de São Paulo.

Para combinar com o TAZ, peguei um caderno sobre os levantes estudantis de 68. Não li mais que algumas linhas (é quase impossível ler com minha mãe arrumando os armários), mas vi os cartazes dos parisienses e tive uma idéia tipo all you bases

Antes de começar a executar, só preciso ver se ninguém fez antes.
That wouldn’t be interesting at all. It would be really fucking boring. I’ve got no interest in re-creating the 1980s. No offense at what Frank’s doing – I haven’t seen Dark Knight 2, so I can’t really say. But Watchmen, as we said at the time, was something that was supposed to be complete in twelve chapters. It was completed as one book. It was one story. There isn’t any more to Watchmen. There never was.
Alan Moore, em entrevista para o Newsarama. Há uma outra entrevista, melhor e maior, apesar de mais antiga, na Blather.

26.1.02

Credo of Web Log Writer

I will write something every other day about my boring and uninteresting life.
I will write in "Hackerese" and forego the use of initial caps, for caps are for the weak and non-l337.

(...)

I will write something every day about my boring yet somehow compellingly interesting life.
I will reacquaint myself with the 'shift' button and stop spelling words in 'Hackerese", for that is for the young and immature.

(...)

I will write something every few days about my exciting and interesting life, and my words will be as gospel to the unwashed masses.

(...)

I will write a poignant, sarcastic, mean-spirited farewell entry to alienate any visitors I might have left.
Intruções detalhadas para você passar para a próxima fase do weblogging. Se eu não estivesse trabalhando para me tornar um weblogger de primeira e me sustentar através do Pay Pal, eu ia fazer uma lista de quem está emqual fase.

Já tendo tido amostras de como a "celebridade" nesse meio vem por motivos estranhos, acho que isso tornaria meu sonho possível. Mas mamãe me ensinou que agressões gratuitas são feias.

24.1.02

As próximas coisas que vão querer proibir - e voltar atrás - são os livros de administração e as técninas empresariais.
Livros, Livros, Livros

Ando disperso ultimamente. Não estou conseguindo ler muito. acho que, tirando o TAZ, todos os meus livros estão parados. Claro que as aulas ajudam, mas há outros fatores a considerar.

Obviamente, ter livros parados não me impede de arrumar mais livros para ler. E hoje finalmente coloquei a mão em três - todos emprestados por um professor - que eu estava a fim de ler há um bom tempo, além de ter que ler os trecos para o meu projeto de conclusão (isso não quer dizer que não vá me divertir com eles).

O primeiro pilha é Computer as Theatre, da Brenda Laurel, que faz uma analogia entre o design de interface e o teatro. O segundo é Storming The Reality Studio, uma coletânea de textos cyberpunks e sobre o cyberpunk, editada por Larry McCaffery. O outro é Janelas do Ciberespaço, coletânea dos trabalhos apresentados e selecionados durante o I Seminário de Cibercultura da FACOM - UFBA.

Só para completar, comecei a ler hoje A Vida Íntima de Laura, livro infantil da Clarice Lispector. Devo ter lido umas quatro páginas enquanto esperava me atenderem numa ligação que eu fiz hoje. Sei que é descaramente começar e não terminar um livro de vinte e poucas páginas, mas vou fazer o que?

23.1.02

Digressão: Antes de condenar a web ou a contra-net por seu "parasitismo", que jamais poderia ser uma força verdadeiramente revolucionária, pergunte-se o que significa "produção" na era da Simulação. Qual é a "classe produtora"? Talvez você seja forçado a admitir que esses termos perderam o sentido. De qualquer forma, as respostas a essas perguntas são tão complexas que a TAZ tende a ignorá-las por completo e simplesmente escolhe o que pode usar.
Hakim Bey, no quarto capítulo de TAZ, que fala sobre a Internet e a Web.

A Web a qual Bey se refere não é a WWW - uma ficção científica na época - mas à contra-net, uma rede underground dentro da própria Internet "oficial".

22.1.02

Desenhista pede desculpas por desenhar Mafalda saqueando


Mó nada a ver o cara pedir desculpas. Quer dizer, pedir desculpas ao Quino. Usar a Mafalda agindo de forma questionável é totalmente lícito. Quantas vezes o Pato Donald ou o Mickey já não foram usados por cartunistas para simbolizar eventos americanos - e quase nunca de forma elogiosa?

O próprio Quino também já fez tiras bastante ácidas e deveria entender melhor do que ninguém a brincadeira de outro cartunista.

21.1.02

A essência da festa: cara a cara, um grupo de seres humanos coloca seus esforços em sinergia para realizar desejos mútuos, seja por boa comida e alegria, dança, conversa, pelas artes da vida.Talvez até mesmo por prazer erótico ou para criar uma obra de arte comunal, ou para alcançar o arroubamento de êxtase. Em suma, uma "união de únicos" (como coloca Stirner) em sua forma mais simples ou, como coloca Kropotkin, um básico impulso biológico de "ajuda mútua". (Aqui, devemos mencionar a "economia do excesso" de Bataille e sua teoria sobre a cultura potlatch.)
Hakim Bey, em TAZ

20.1.02

Dia de Gibi Novo: StormWatch - Force of Nature e StormWatch: Lightning Strikes

Há algum tempo eu estava curioso para ler StormWatch e, essa semana, um amigo meu me emprestou essas duas encadernações de histórias escritas por Warren Ellis e desenhadas por Tom Raney.

As histórias são boas, mas bem menos satisfatórias do que eu esperava.

StormWatch era, até Ellis começar a escrever, um típico gibi da Image Comics: desenhos mal feitos (mas estranhamente atraentes) e roteiros que eram desculpas para a porradaria. Como elemento de diferenciação, o título trazia uma equipe de heróis que trabalhava sob as ordens da ONU. Ellis manteve essa premissa, mas - além de escrever bem - fez o líder da equipe remodelar o grupo, tornando-o um pouco parecido com Missão Impossível

A abordagem é legal. Em vez de uma pancada de personagens pulando nas páginas, temos grupos escalados especialmente para cada missão, a partir de três grupos menores com especialidades diferentes: combates com super-humanos, espionagem e ações urbanas e ações de retaliação. Eu diria que faz muito mais sentido, se alguém me perguntasse alguma coisa.

As histórias e os poderes dos personagens são bem legais, mas os personagens todos se parecem muito, não tendo mais que rascunhos de personalidades. Imagino que isso é uma herança dos escritores anteriores.

Entre os pontos altos, há um personagem que tem como poderes a capacidade de viver em perfeita harmonia com as cidades, uma história que é contada nos estilos mais proeminentes nos quadrinhos de cada década na qual acontece e outra que termina justamente quando a porradaria mais começar. Mas o melhor é que StormWatch é estranhamente politica. Há referências a eventos reais, como o abuso de autoridade dos policiais americanos, o terrorismo de grupos de direita e coisas do tipo. Pelo que dá para ver até onde li (há mais duas encadernações), os EUA são tão vilões na história quanto qualquer outro grupo ou país.

Coisas que só os ingleses têm queixo de fazer.
O Flávio Fernandes comenta dez livros importantes para compreender o século XXI.

Dos que ele cita, só falta terminar A Sociedade do Espetáculo e o TAZ, que estou lendo no momento.

Até o momento, o livro do Hakim Bey vai bem, cheio de idéias interessantes. Mas - como todos quase todos os manifestos que já vi - as idéias não são realmente examinadas ou contrapostas a outras, como seria feito num livro de sociologia ou teoria da comunicação "normal". Mesmo assim não deica de valer a pena.

Como bônus, a cópia (emprestada) que estou lendo está com um cheiro de incenso delicioso. Será uma mensagem subliminar?
Although the United States is increasingly defined by and dependent on technology and is adopting new technologies at a breathtaking pace, most Americans are not equipped to make well-considered decisions or to think critically about technology.
A. Thomas Young, comentando os resultados de um estudo sobre a compreensão que os americanos têm da tecnologia.

O pior é que eu ainda acho que a pesquisa aponta uma situação melhor do que a realidade. 76% dos homens e 54% das mulheres conseguem explicar como funciona uma ligação telefônica?! Tá!

18.1.02

Depois de anos sendo só um nome, The Filth começa a se materializar.

Acabo de perceber - pela ansiedade em ler essa série - que Grant Morrison é meu escritor de hq preferido.
Mesmo que nada tenha sido resolvido, falar nos temas relacionados de algum modo aos ataques terroristas aos EUA parece tão passè. Claro que há uma forçação de barra estupenda e às vezes o patriotismo dos escritores atrapalha, mas muitos temas realmente relevantes - ou simplesmente interessantes - estão sendo discutidos. E o melhor de tudo, com um caso bem visível para ser analisado.

17.1.02

15.1.02

Se você fica curioso para ler os quadrinhos que comento aqui, é com enorme prazer que proporciono a você a possibilidade de adquirir alguns dos volumes que perfazem minha coleção.

- Top Ten 1-6 (Alan Moore e Gene Ha) - R$35
- Hellblazer: Hard Time> (Brian Azzarello e Richard Corben) - R$35
- Hellblazer: Good Intentions (Brian Azzarello e Marcelo Frusin) - R$35
- Bone 3 a 21 (Jeff Smith) - R$50
- Miracleman Apocrypha (Diversos autores) - R$20
- Smoke and Mirrors (Neil Gaiman) - R$45
- Justice League Secret Files Trade Paperback (Diversos autores) - R$15
- Kling Klang Klatch ( Ian McDonald e David Lyttleton) - R$15
- Moonshadow (J.M. DeMatteis e Jon J. Muth) - R$60
Quer se interessar por algo, é só me mandar um e-mail acertando os detalhes. Ah, também estou vendendo um microscópio.
Superfast: The Simple Life... in Hell
Comecei a ler O Efeito Urano, da Fernada Young. Li bem pouquinho ainda - umas 20 e poucas páginas - mas vai mais ou menos como eu esperava, mesmo que a história não tenha propriamente começado. Aliás, nem sei se a história é importante: leio mais pelo estilo dela.

Eu já tinha lido As Pessoas dos Livros - também presente da minha namorada - e gostado bastante. Aliás, ela também. Acho que tem alguma coisa familiar nesse negócio...

14.1.02

Superfast: Sigil
A última novidade em pesquisa de mercado é o uso de técnicas de etnografia e antropologia para avaliar o uso e as reações a determinados produtos. Se eu fosse um antopólogo desempregado ou trabalhando em algo nada a ver, tomaria nota.

13.1.02

Comparing these two lists [dos intelectuais mais citados por jornalistas e acadêmicos], Judge Posner concludes that the more time intellectuals spend getting their names in the news, the less likely they are to do serious scholarly work.

Further, he scolds many highly regarded academics such as Noam Chomsky, a linguist, and Stephen Jay Gould, a biologist, for writing on fields outside their areas of expertise.
Taí uma coisa que queria ver alguém fazer no Brasil. Acho que as conclusões iam ser ligeiramente diferentes.
Guys are crazy but you can usually trust them and they know their shit like Fox Mulder, man.

Às vezes as coisas são muito mais estranhas do que parecem.

12.1.02

Isso deve ser mentira, mas é bastante plausível. Durante os anos 60, os russos também tinham seu Jornada nas Estrelas: Cosmos Patrol. Sendo ou não, quero ver um episódio Se o de verdade já era trash, imagino a cópia comunista.
Without necessarily implying any large conspiracy, it's true to say that anxiety can be induced in a population by constantly focusing on the threat of crime in an exaggerated way. This has the "advantage" of directing fear towards "bad" individuals who break the law, rather than the institutions wich make the laws.
Fear and Loafing Brian Dean, editor da Anxiety Culture, na Idler 25.

11.1.02

As pessoas chegaram aqui procurando:

nude videogame girls, guia de episodios completo da nova temporada de pokemon, tolkien arquivos, desenhos don quixote, livro tocante chorar, senso comum, placas de trânsito, cançãonova.com, discworld mundo, Bárbara Paes, senhor dos anéis livro .doc
O item campeão é, sem dúvida nenhuma, "placas de trânsito". Sempre tem uma ou duas pessoas procurando. É possível até que algum dia eu fale delas.

A seguir: A tentativa desesperada de escrever um texto com todas as palavras mais procuradas no Google.
A melhor notícia do dia.

Claro que uma besteira dessas ser a melhor notícia do dia indica que as notícias e a cobertura delas não andam tão bem assim.

10.1.02

Recentemente, me envolvi em uma discussão sobre qual entre dois músicos seria o melhor. A palavra "gênio" foi usada pelso dos lados, mas em duvido que qualquer um na contenda estivesse sendo muito rigoroso com seu significado.

Refletindo melhor agora, mantenho minha posição: Chico Buarque ganha do outro lá qualquer dia da semana.

Ah, o texto acima tem muito em comum com um que saiu no New York Times domingo. Ou os dois escreveram a partir de releases ou tem algo feio rolando.
Dia de Gibi Novo: The Red Star

Não sei se me arrependi de comprar The Red Star, mas creio que vou chegar a essa conclusão mais cedo que mais tarde. A arte é linda, com um colorido muito bem feito e vívido e efeitos tridimensionais que ultrapassam muitos desenhos animados. Mas a história - escrita pelo desenhista Christian Gosset - é muito fraca, mesmo com um cenário interessante.

The Red Star conta a história de uma batalha muito importante entre uma versão alternativa do exército da União Soviética e uns magos fundamentalistas de inspiração islâmica. A narração é feita por Maya Antares, uma invokadora (bruxa militar) que estava na tal batalha e perdeu o marido nela.

O gibi é cheio de idéias interessantes, mas ele não funciona. As naves, explosões e cenas de comabate são muito cinematográficas para o papel, não conseguindo manter o mesmo interesse que manteriam no cinema - para onde elas parecem ter sido escritas de fato.

Mesmo assim vou comprar o número 2. O gancho da história não me deixou muito empolgado, mas ela deve fluir melhor - já que o ponto em que a história ficou impõe uma abordagem diferente.
Um garoto de 15 anos - morrendo de cãncer e doente desde os 12 - quer perder a virgindade. E aí? Um amigo meu me enviou o link para essa pergunta - muito fácil de responder quando se pensa um pouco a respeito, mas difícil pacas quando os preconceito são jogados no bolo.
Eu odeio ter que esperar. Principalmente depois de saber que Grant Morrison está trabalhando num filme de Invisíveis e Dave Gibbons e Alan Moore estão fazendo algo juntos. Eu odeio o Tempo.
Depois de 25 anos (!) foi aprovado o "novo" código civil - que realmente traz muitos avanços sobre o anterior, de 1916. Entre as novidades, a igualdade legal entre homens e mulheres.

Mas 25 anos não é um pouquinho demais, não? Se o Código deve refletir a tábua de valores da sociedade, é bom começar logo a escrever o próximo - porque nesse ritmo união civil entre homossexuais e coisas do tipo só vão ser previstas em lei lá por 2116.
The Revolution Will Be Televised

Jackie Miller, a colunista social da "cena blogger", está com uma coluna - igualzinha ao blog - na versão digital do JB. O lado dela eu entendo (ganhar uns trocados pelo que se quer fazer é muito bom),mas achei meio pateta da parte do jornal. Ainda mais meses e meses depois do negócio ter estourado.

Então é assim que os indies se sentem quando gente normal compra os discos dos Strokes (que, aliás, são uma merda)...

Já rolou a matéria no Fantástico?

9.1.02

Fui ver O Senhor dos Anéis e gostei bastante. Tanto que estou pensando em enfrentar os livros - a patir dAs Duas Torres. Ainda não consegui responder a pergunta de um milhão de dólares - qual é melhor Star Wars ou O Senhor dos Anéis - e nem se ela é justa: quando vi o primeiro, não tinha nem dez anos e hoje sou um velho chato.

Mas isso não me impede de achar certas análises implicantes pra caramba.
Ontem, descobri porque há pessoas - alfabetizadas - que nunca lêem nada: elas estão permanentemente gripadas, com olhos ardendo e uma falta de concentração que impedem de seguir as letrinhas. Quer dizer, se elas não estiverem em legendas.

Eu uma nota paralela - também relativa à gripe - descobri que não é nada recomendável assistir o seriado live action do Batman quando o termomêtro passa de 39 graus. Quer dizer, a não ser que você esteja a fim de alucinações camp (ou seria kitchs? Essas coisas são complicadas...)

6.1.02

As nuanças [entre fundamentalismo e integralismo] podem ser até mais sutis. Basta pensar no fenômeno da political correctness na América. Nasceu para promover a tolerância e o reconhecimento de qualquer diferença, religiosa, racial e sexual, e todavia está se transformando em uma nova forma de fundamentalismo que investe de maneira quase que ritual contra a linguagem cotidiana e que trabalha ao pé da letra em detrimento do espírito - de modo que se pode discriminar um cego desde que se tenha a delicadeza de chamá-lo "deficiente visual" e, sobretudo, pode-se discriminar os que não seguem as regras do politically correct.
Umberto Eco, em As Migrações, a Tolerância e o Intolerável, um dos Cinco Escritos Morais
Eu adoro filmes de roubos. Mas estranhamente não só me interessei em ver um ano passado - Snatch. Eu também não gosto de filmes de hacker - muita, muita bobagem e umas explicações pra lá de armengadas.
Se Deus é onipotente e onibenevolente, por que o homem não é perfeito, já que foi criado por Deus? Ou, colocando de outro modo, onde está a prova - material ou lógica - de um Deus na criação das espécies? Os criacionistas têm argumentos interessantes, mas - ao que tudo indica - falsos.
Misreadings

Eu li The neurolinguistic superhero e era The neurotic superhero.

Talvez seja hora de ir dormir.

5.1.02

Superfast: A Medieval Romance
Alguém pode me explicar por que quem é contra uma série de usos da engenharia genética fica restrito a um campo de argumentação tão limitado? Basta mencionar a talidomida, os experimentos dos nazistas e a possibilidade de humanos híbridos - além da possibilidade de casais homossexuais terem filhos - e pronto, todas as questões estão resolvidas?

Mais cedo ou mais tarde, vão ser aprovadas leis contra uma série de usos da genética. O pior é que essas leis vão ser - só para variar um pouco - criadas por indivíduos extremamente conservadores e mais preocupados em ficar mais tempo nos cargos que com as possibilidades para o futuro da humanidade.

Antes de proibir qualquer técnica, é preciso responder um monte de perguntas difíceis. Tipo... o que caracteriza um ser humano, afinal? Ou, mais importante ainda, um "ser humano" é a mesma coisa que uma "pessoa"?
A dimensão ética começa quando entra em cena o outro. Toda a lei, moral ou jurídica, regula relações interpessoais, inclusive aquelas com um Outro que a impõe.
Quando o Outro Entra em Cena, Umberto Eco.

4.1.02

Remediando logo um dos atrasos do ano passado, comecei a ler Cinco Escritos Morais. Fico impressionado com a clareza da argumentação e a leveza com que o cara trata os temas. Quando eu crescer, quero ser Umberto Eco. Depois de me aposentar como James Bond, claro.
Superfast: Missing Yesterday

3.1.02

Um funcionáirio publico americano está sendo julgado - podendo ser condenado a até 120 anos - por instalar um programa que usa o poder de processamento ocioso dos computadores para ajudar em tarefas complexas.
Alguém pode dar um tiro em George Lucas, por favor? Depois do título ridículo, me arrumam um negócio desses. Povo mais sem noção: não sabe que com isso vão irritar mais fãs do que ganhar?
Fontes que preferem permanecer anônimas afirmaram que a CIA está usando Glitter - o filme de Mariah Carey - como ferramenta no interrogatório de prisioneiros da Al Qaeda. A Anistia Internacional não está gostando nada dessa história.
If somebody went out to Borneo and discovered a new species of monkey tomorrow, the papers wouldn't be full of "Oh my god, are the monkeys going to take over the world?" It never occurs to us that natural species might take over the world -- we're more than happy to share the planet with 10 million kinds of natural species. I can't see a distinction between that and artificial species. When you think about it, where did the idea come from in the first place? Science fiction writers. Their job is not to say how the world is going to be. Their job is to make a good story. A story entitled "Invasion of the Terribly Nice Intellectual Robot" wouldn't sell very well, would it?
Steve Grand, em entrevista.

2.1.02

Dia de Gibi Novo: Ranma 1/2 20

Normalmente as revistas em quadrinhos não duram muito por essas bandas - pelo menos não as que eu quero ler.Deixando de lado Pato Donald, Mônica e alguns super-heróis, as revistas costumam ter vida curta, mesmo os mangás - que normalmente dependem de um desenho animado para se manterem.

Por isso é legal ver Ranma 1/2 se mantendo por tanto tempo - quase quatro anos, se somarmos os atrasos ao fato da revista ser bimestral.

Ranma 1/2 é um mangá de Rumiko Takahashi que conta as aventuras de Ranma - um mestre de artes marciais de 16 anos que vira uma menina quando molhado com água fria - e sua noiva arranjada, Akane (que também é uma lutadora). Dá pra descrever a série como um misto entre O Tigre e o Dragão, comédias românticas e umas demências que não sei de onde vêm. São R$3,90 por cinqüênta páginas em preto e branco.

Falando em coisas com olhos grandes, comecei a assistir um animê melhor que Akira - e isso quer dizer muita coisa: Serial Experiment Lain. Procure num Napster perto de você.
Se essa alternativa ao Windows for mais que um boato, o mundo está um passo mais distante de ser dominado pelo nerd de Redmond.
É impressionante como é fácil ser desonesto expondo idéias. Nesse texto, o autor explica os problemas em ignorar raça, religião e origem ao investigar crimes e terrorismo, deixando bem claro que acha os especilistas consultados por eles mentirosos e desonestos ao responderem suas perguntas.

O problema é que ele mesmo é desonesto ao ignorar as conseqüências de determinadas escolhas na formação do perfil de um criminoso ou terrorista. Sem falar em coisas mais complexas - como a visão daqueles que não pertencem à minoria escolhida teriam de grupo - ele ignora até mesmo que existem conseqüências em não cumprir certas atividades voluntárias. E - antes que eu me esqueça - como as polícias podem utilizar os perfis (mesmo os legítimos) para justificar abusos.
Não sei se é mais surpreendente a existência de grupos como o World Toilet Organization e British Hamster Association ou o fato de eu nunca ter pensado nelas. "Sabe, deve ter alguém que se preocupe com a qualidade dos banheiros públicos..."

De qualquer modo, eles também têm projetos importantes para o ano.
Finalmente um bom motivo para aprender russo: um combate entre Hitler e Stalin em forma de hq (com direito a super-habilidades). Eu já tinha pensado em aprender russo para abrir alguns negócios por lá, mas faltou capital de investimento.

Além disso, dados os últimos eventos, o negócio é polir o espanhol e fazer negócios mais perto de casa.